Amazônia IA “fala” em português e foi criada por pesquisadores brasileiros –Bruno De Blasi =>CANALTECH
A empresa de inteligência artificial (IA) Widelabs anunciou o Amazônia IA, um novo modelo de linguagem (LLM, em inglês) construído por pesquisadores do Brasil, na terça-feira (30). A iniciativa se destaca pelo treinamento com uma base de dados diversa, que garante um “olhar brasileiro” nos processamentos, e pela oferta do português como idioma padrão.
O lançamento também contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e foi desenvolvido com tecnologias da Nvidia e Oracle. “Ao desenvolver um LLM com foco no português brasileiro, estamos democratizando o acesso a essa tecnologia e impulsionando a inovação em diversos setores da economia”, disse o CEO Nelson Leoni.
A solução se destaca por garantir um sistema de inteligência artificial (IA) com diversidade e que atenda as necessidades do Brasil. Para alcançar esse objetivo, a solução é nativa em português e foi treinada com “toda cultura, riqueza natural e criatividade brasileiras”.
O modelo pode ser usado tanto para consulta quanto para criar conteúdos. Além disso, os desenvolvedores destacam que os usuários conseguem fazer perguntas para conhecer mais detalhes sobre a cultura brasileira.
A interface é similar ao ChatGPT e Gemini, resumida em uma janela de bate-papo. Ao acessar a sua conta, basta fazer perguntas e aguardar as respostas como se estivesse conversando com um amigo pelo WhatsApp, por exemplo.
Ainda há uma área lateral para acessar os últimos chats iniciados na plataforma, para conferir o histórico de interações. O recurso, cabe ressaltar, também está disponível nos concorrentes do Google e OpenAI.
A estreia do Amazônia IA aconteceu durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que também foi palco para a apresentação do Plano Brasileiro de Inteligência Nacional na terça-feira (30).
Sem oferecer muitos detalhes, a Widelabs informou que o Amazônia IA segue as “melhores práticas regulatórias do mundo” no quesito proteção de dados. Além disso, a solução utiliza a infraestrutura da Oracle que, segundo os desenvolvedores, oferece mais segurança, qualidade e escalabilidade ao serviço.
https://canaltech.com.br/inteligencia-artificial/amazonia-ia-fala-em-portugues-e-foi-criada-por-pesquisadores-brasileiros/