Meir e Koch, as protagonistas do primeiro passeio espacial de duas mulheres

Dia 18 de outubro de 2019 virou uma nova data para recordar na corrida espacial das mulheres astronautas. Pela primeira vez, duas delas, Jessica Meir e Christina Koch, realizaram juntas um passeio espacial. O evento estava planejado para março deste ano, mas na última hora a atividade teve que ser cancelada porque a NASA percebeu que não tinha dois trajes preparados para as astronautas, por isso só Christina Koch fez a caminhada. Christina, que é a 14ª. mulher a flutuar no espaço. Fez isso pela quarta vez na sexta-feira, enquanto Jessica estreia no exterior da Estação Espacial Internacional e se torna a 15ª. mulher a fazê-lo. Curiosamente, Koch e Meir pertencem à turma de 2013 da NASA, a primeira da história a ser formada 50% por mulheres e homens. Atualmente, a agência espacial dos EUA tem 38 astronautas na ativa, sendo 12 mulheres. O recorde da NASA de permanência no espaço é detido atualmente por uma mulher, a comandante Peggy Whitson (665 dias em órbita), que além disso tem o recorde de passeios espaciais entre as mulheres, com oito. Há três dias, a NASA apresentou os trajes desenhados para a missão lunar de 2024, a primeira a não ter uma tripulação exclusivamente masculina – mais um grande marco da astronáutica das mulheres. Desde 1965, quando o cosmonauta Alexei Leonov (que morreu na semana passada) saiu pela primeira vez de seu veículo espacial, as mulheres participaram de 43 dos 221 passeios orbitais já feitos. A primeira foi a soviética Svetlana Savitskaya, em 1984, que saiu ao vácuo com um homem (Vladimir Djanibekov), como em todas as realizadas por suas colegas até hoje. A astronauta da NASA Kathryn Sullivan realizou sua primeira caminhada espacial meses depois de Svetlana Savitskaya. Na década de 1980, a União Soviética e os Estados Unidos iniciaram uma corrida espacial feminina, mandando com poucos meses de diferença a segunda (Savitskaya, 1982) e terceira mulher ao espaço (Sally Ride, 1983). Haviam transcorrido duas décadas desde que Valentina Tereshkova saiu da Terra em 1963 e dissesse sua frase famosa: “Sou eu, Gaivota”. JAVIER SALAS

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/18/ciencia/1571388441_743952.html

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