Clima e tempo, esses dois conceitos têm significados diferentes na meteorologia.
O tempo se refere às condições atmosféricas registradas em um período de tempo curto – a onda de frio que chegou ao Brasil é um exemplo disso.
O clima, por outro lado, é um panorama mais prolongado e completo dos padrões de tempo. Ele se refere às condições que prevalecem em uma região ou em toda a Terra, e pode ser estudado com uma análise das tendências históricas.
Quando falam em clima, os cientistas estão se referindo à situação do planeta todo, ao longo do tempo. Ou seja, mesmo que esteja fazendo mais frio que a média em uma região específica, o mundo como um todo está, na média, mais quente – é isso que apontam centenas de estudos feitos por cientistas no mundo todo ao longo de décadas.
Esse aquecimento da temperatura média da Terra – que cientistas creditam aos gases de efeitos estufa produzidos por ação humana – provoca eventos climáticos extremos, desde inundações na África até seca no Brasil, passando por invernos muito mais rigorosos na América do Norte.
Em sua página na internet voltada para crianças, a Agência Espacial Americana (Nasa) dá um exemplo simples para deixar clara a diferença entre os dois conceitos: um dia chuvoso na cidade de Phoenix (capital do Estado americano do Arizona) não muda o fato de que o Estado do Arizona tem uma clima seco.
A Nasa também explica que devemos esperar tempos frios mesmo que as temperaturas do planeta estejam aumentando de forma geral.
“O caminho até um mundo mais quente terá muitos episódios de tempos extremamente quentes e extremamente frios”, diz o site da agência.
Isso porque as mudanças climáticas alteram a forma como correntes marítimas, correntes de vento e outros fenômenos meteorológicos funcionam ao redor do mundo, gerando eventos meteorológicos extremos – tanto de frio quanto de calor.
( BBC News Brasil )