Questão do dia: Você aprende mais com quem concorda ou com quem discorda de você?

Você aprende mais com quem concorda ou com quem discorda de você ?

Como lidar c0m o contraditório, antagônico ou a concorrência ?

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Como concordar em discordar sem deixar o outro na defensiva

Estratégias para ter uma conversa produtiva com alguém de quem você discorda

o meio de uma discussão, nem sempre é uma boa ideia perguntar à outra pessoa por que ela está sendo tão resistente. Na verdade, talvez isso até a deixe mais nervosa.  É natural alguém querer se defender quando sente que suas crenças estão sendo ameaçadas. No entanto, é possível levar uma conversa em que você não concorda com seu interlocutor, mas também evita colocá-lo na defensiva.

Ao menos, essa é a aposta de Shelby Scarbrough, ex-oficial de protocolo do Departamento de Estado dos EUA e autora de “Regras de Civilidade! Criando uma prática intencional de civilidade” (Civility Rules! Creating a Purposeful Practice of Civility, no original).

“Se existe uma coisa que está fora do nosso controle é a reação ou o comportamento da outra pessoa”, diz ela. “Portanto, é preciso lançar luz sobre o que realmente importa. Se as pessoas entrassem em um debate conhecendo o conceito de civilidade e dispostas a se comportar de modo a ter uma conversa civilizada, o mundo seria um lugar muito melhor.”

Embora Shelby admita que nem todo mundo entra em uma conversa com a intenção de ser civilizado, há coisas que podemos fazer proativamente para ajudar a evitar uma reação defensiva.

SEGURE A SUA LÍNGUA

Primeiro, evite usar expressões acusatórias, como “você deveria” ou “por que você não…?”. Evite também envergonhar ou culpar a outra pessoa. “Essas expressões são

receitas para o caos. As pessoas reagem com uma resposta defensiva ou raivosa quando se sentem inseguras em sua posição sobre algo”, diz Shelby.

“Quem está extremamente confortável e confiante em sua própria posição geralmente não fica na defensiva, porque não precisa ficar. E consegue ter uma conversa sobre qualquer assunto, sem levar tudo para o lado pessoal.”

ATENHA-SE À SUA EXPERIÊNCIA

Evite dizer o que fazer ou dar conselhos. “Para nos envolvermos com alguém em um nível mais profundo e significativo, precisamos abandonar o vício de expor nossas opiniões a todo custo”, diz Shelby.

“É aí que meio que erramos em nossa sociedade hoje em dia. Estamos empenhados demais em compartilhar nossa própria opinião e colocá-la como verdade ou fato, em vez de perceber que é apenas uma perspectiva, mas que existem outras perspectivas.”

Bem mais eficaz é compartilhar sua experiência – sim, há uma distinção entre opinião e experiência. “Sua opinião são suas crenças. Na teoria, elas se baseiam na sua experiência. Mas, quando apenas dá sua opinião, você não mostra a experiência por trás dela.”

Compartilhar experiências é ilustrar como você chegou ao seu ponto de vista. Comece a frase com: “o que a minha experiência me mostra é que…”. E esteja disposto a se mostrar vulnerável e aberto para recuar.

“A pessoa pode dizer ‘sim, mas’ e tudo bem. Isso não significa que você tenha que ficar na defensiva também. Pode dizer: ‘estou percebendo que estamos esbarrando em questões muito delicadas para você, e esse não é o meu propósito. Não é isso que estou tentando fazer. Eu realmente gostaria de ter uma conversa sobre isso. Mas, se for desconfortável para você, não precisamos falar sobre isso.’ Essa atitude pode ajudar a acalmar a situação, para que a outra pessoa se sinta segura”, orienta Shelby.

REPENSE SUAS INTENÇÕES

Pergunte a si mesmo: você quer ter uma conversa sobre algo ou apenas quer uma oportunidade para impor sua posição? Se for a segunda opção, geralmente é uma boa maneira de fazer alguém ficar na defensiva, o que acaba em uma conversa sem saída.

Se quiser ter um bom diálogo, mostre-se interessado e mantenha a mente aberta. Shelby sugere dizer: “conte-me mais sobre isso. Eu gostaria de entender seu ponto de vista.”

                                                          Se quiser ter um bom diálogo, mostre-se interessado e mantenha a mente aberta.

“Você não precisa concordar com tudo, mas entrar na conversa com uma perspectiva de humildade ajudará a abrir o debate e fará com que a outra pessoa compartilhe seus pontos de vista. Podemos manter a conversa em um nível de interesse mútuo. Não precisa ficar com raiva. Não precisa ser desagradável.”

Não há como impedir que alguém fique na defensiva, mas mudar a forma como se entra em uma conversa pode ajudar muito. “Quem sou eu para dizer que alguém deve acreditar em uma coisa ou outra? Isso seria muito arrogante da minha parte”, diz Shelby.

“Em vez disso, faça o possível para entrar na conversa com humildade, abertura, curiosidade e generosidade de espírito. Se fizermos isso, teremos muito menos chances de ter uma resposta defensiva. A boa intenção já é metade do caminho andado.”


SOBRE A AUTORA

Stephanie Vozza escreve sobre produtividade e carreira na Fast Company.

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