Agência Nacional Aviação Civil (Anac) deu o aval para voos experimentais que serão usados num modelo híbrido com outros modais para reduzir o tempo das entregas. Por ora, a tecnologia fará a primeira parte da rota das entregas, que será finalizada por um entregador com moto, bike ou patinete. A previsão é de que os primeiros voos sejam realizados em outubro. Mas os drones não farão entregas nas casas dos clientes.
O movimento acontece no momento em que estabelecimentos como restaurantes e bares buscam cada vez mais o comércio eletrônico como meio de aliviar a grave perda de receita após ficarem fechados nos últimos meses em meio às medidas de isolamento social para combater o avanço da pandemia da Covid-19.
Segundo o iFood, o número de restaurantes cadastrados no serviço subiu de cerca de 160 mil em março para 212 mil em junho, enquanto o número de entregas mensais feitas passou de 30 milhões para 39 milhões no período.O iFood já mapeou cerca de 200 cidades no Brasil onde poderá replicar o modelo, se ele se mostrar bem sucedido.
Uma primeira etapa do uso de drones será feita na cidade de Campinas, interior paulista. Uma rota de 400 metros entre a praça de alimentação em um shopping center e uma estrutura dentro do iFood no empreendimento vai roteirizar os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, um trecho que percorrido a pé leva 12 minutos, segundo a empresa. A partir daí, a última parte do trajeto é feito pelos entregadores.
Uma segunda rota de voo também em caráter experimental fará o trajeto de 2,5 quilômetros entre o centro do iFood no shopping e um complexo de condomínios próximo. A expectativa é de que o percurso seja feito em 4 minutos com drone, em vez dos 10 minutos pelos modais usados hoje.