O Rosh Hashaná marca o início de 5785 no calendário judaico, celebrado com rituais solenes e familiares, entre os dias 2 e 3 de outubro.
Shaná Tova ! ( um ano bom )
Muitos conhecem o Rosh Hashaná como a festividade em que os judeus celebram a chegada de um novo ano. Entretanto, apesar de correta, essa noção não abarca os sentidos que essa festividade desenvolve para os integrantes da religião judaica. Além da passagem do tempo, o Rosh Hashaná também celebra o ano do julgamento, o dia da lembrança e o toque do shofar. Em geral, os judeus buscam o perdão de seus pecados e a renovação de suas almas por meio da passagem do tempo.
Nesse tempo, o sentido de renovação entre os judeus não se limita a reconhecer e refutar os antigos pecados. No Rosh Hoshaná o judeu desenvolve o seu livre arbítrio ao realizar as escolhas que podem transformar o seu proceder.
A realização dessas escolhas pessoais abre um vasto campo de dilemas que podem determinar a escrita do nome do seguidor do judaísmo no chamado “Livro da Vida”. Não por acaso, ao longo dessa festividade, os judeus cumprimentam uns aos outros realizando votos de que o seu próximo ano tenha seu nome escrito e selado nesse livro de dimensão simbólica. Paralelamente, os judeus aproveitam a data para relembrar o sacrifício de Abraão e a importância de se subjugar os desígnios divinos.
Reunidos em uma sinagoga, os judeus utilizam orações especiais que diferem a celebração do Rosh Hoshaná dos outros dias de reunião. O toque do shofar é realizado durante a realização dessas orações. Outro costume desenvolvido durante as orações é o Tashlich, que consiste no lançamento de migalhas de pão na água enquanto algumas orações são feitas. Os pedaços do pão simbolizam o abandono dos pecados cometidos pelo fiel.