
“É melhor que você aja e passe a sentir alguma coisa, em vez de ficar parado esperando sentir algo para então agir.” Jerome Bruner
Chuck Yeager, um ás da aviação, escreveu um livro alguns anos atrás com o título convidativo: PROSSIGA! Um sujeito com a sua formação aventureira, com o peito cheio de medalhas para provar a sua coragem, provavelmente têm muito a dizer sobre “prosseguir”.
Poucos de nós conhecemos a emoção de quebrar recordes de velocidade ou barreiras do som, mas todos nós vivemos diariamente o desafio de prosseguir. A pergunta é: Como?
Como a viúva ou o viúvo vão prosseguir depois que as flores murcharem e a grama começar a crescer sobre o túmulo do companheiro(a)?
Como o atleta vai continuar a sua carreira depois que a idade ou alguma lesão cobrar o preço e alguém mais jovem tomar o seu lugar?
Como a mãe vai agüentar depois que os filhos crescerem e já não precisarem mais dela?
Como a vítima vai reagir após o abuso ou a injustiça, sem se tornar amarga?
Como o paciente vai continuar depois que o médico lhe der as notícias sobre a temida biópsia?
Como alguém vai prosseguir quando o fundamento ruir?
Eu não tenho certeza se deveria chamar isto de segredo. Explico: uma parábola africana captou esta idéia muito bem.
Todos os dias a gazela acorda pela manhã. Ela sabe que deverá correr mais rápido que o mais rápido dos leões; caso contrário, será morta. Um leão acorda todas as manhãs. Ele sabe que precisa ser mais rápido que a mais lenta das gazelas se não quiser morrer de fome.
Não importa se você é uma gazela ou um leão : quando o sol nasce, você precisa correr.
Se você teve dificuldades para dar a volta por cima, então precisa manter-se em movimento. Não importa o que fez você parar ou por quanto tempo você está inativo. A única forma de quebrar o ciclo é encarar seus medos e tomar uma atitude, mesmo que ela seja pequena ou pareça insignificante.
Muitas pessoas mal sucedidas ficam retidas no clico do medo. Mas o mesmo acontece aos grandes empreendedores. Ao olharmos, por exemplo, para a vida do compositor Georg Friederick Händel, vemos uma pessoa bem-sucedida que se viu presa a um ciclo que precisava desesperadamente quebrar.
Händel foi um músico prodígio. Aos 17 anos, assumiu o posto de organista da catedral de Halle, sua cidade natal. Um anos depois, tornou-se violinista e cravista da Ópera Real em Hamburgo. Aos 21, era um virtuose do teclado. Quando começou a compor, ganhou fama imediata e logo foi apontado como Kapellmeister (mestre-capela). Quando se mudou para a Inglaterra, sua fama cresceu. Com cerca de quarenta anos, tornou-se mundialmente famoso.
Apesar do grande talento e da fama de Händel, ele enfrentou enormes dificuldades. A competição com os compositores rivais ingleses era ferrenha, o público era inconstante e nem sempre assistia às suas apresentações. Ele, freqüentemente, era vítima das mudanças dos ventos políticos de sua época. A dor da rejeição e do fracasso era difícil de suportar, especialmente depois de seu sucesso inicial.
Para piorar as coisas, sua saúde não era das melhores. Ele sofreu um tipo de derrame que fez com que seu braço direito perdesse alguns movimentos. Quatro dedos dessa mão ficaram totalmente paralisados. Mesmo após sua recuperação, continuou desanimado. Em 1741, Händel decidiu que era tempo de se aposentar, embora tivesse apenas 56 anos. Estava desmotivado, não tinha posses e fora consumido pelas dívidas. Tinha certeza de que iria parar na prisão. Em 8 de abril, Händel deu o que chamou de seu concerto de despedida . Desapontado e cheio de autocomiseração, ele desistiu.
Mas em agosto daquele ano, algo impressionante aconteceu. Um amigo rico chamado Charles Jennings visitou Händel e deu-lhe um libreto baseado na vida de Cristo. A obra deixou-o curioso, desafiado, o bastante para fazer Händel se mexer. Ele começou a escrever. E, imediatamente, os portões da inspiração se abriram para ele. Seu ciclo de inatividade fora quebrado. Ele escreveu por quase 21 dias sem parar. Então, passou mais dois dias escrevendo a orquestração. Em 24 dias havia completado uma obra de 260 páginas manuscritas. Chamou a peça de Messias.
Hoje em dia, Messias de Händel é considerada uma obra-prima e o cume da carreira do compositor.
Quando a questão é recuperar-se das feridas emocionais provocadas pelo fracasso, realmente não importa quão boa ou ruim seja sua história pessoal. A única coisa que importa é que você encare seu medo e prossiga. Recuse-se a se concentrar apenas na situação presente. O que acontece quando nós ficamos presos ao sofrimento presente? De duas uma, ou nós culpamos alguém (o que pode facilmente nos tornar amargos), ou nos afundamos na autopiedade (o que nos paralisa), Nunca conseguiremos prosseguir em nossas vidas enquanto concentramos toda a nossa atenção em nossa dor presente.
Vamos, mova-se, aja. Prossiga!
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