Feliz dia novo,
Feliz dia todo!
A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente. ( Soren Kierkegaard )
O que mais perturba a maioria das pessoas , hoje, é não encontrar uma zona de conforto entre as “ tendências” e as “pendências”.
Na era acelerada em que vivemos, temos diariamente a sensação de dívida com tudo o que não conseguimos fazer, resolver ou entender quando vemos cada dia acabar.
Ao mesmo tempo, sabemos que vamos acordar com a urgência de interpretar tendências, e então ajustar corretamente a nossa nova direção, considerando as múltiplas perspectivas, sempre anunciadas pelos profetas com urgência e gravidade. Nunca foi tão difícil prever o futuro.
Vejo crescer a cada dia o número de profissionais dedicados ao tema,chamados agora de “ futurólogos” e não mais de videntes. Ao contrário dos videntes e profetas com sua mística, os futurólogos debruçam-se em indicadores diversos para nos fazer ver para onde vamos e nos preparar para o, quase sempre, inevitável. No entanto, a evolução está tão acelerada, que em breve, muitos futurólogos e seus estudos e perspectivas, poderão também ser vistos com algum misticismo, dada a miríade de possibilidades de futuros, que insistem em mudar antes mesmo de acontecer. Mas há algo que podemos avistar cada vez com mais clareza por já fazer parte do presente.
Estamos dizendo adeus a ideias de propriedade em todas as áreas e não se trata de nenhuma revolução comunista.
O “ter” está perdendo espaço, enfim, para o “ser” e tudo pertencerá a todos. Conforme o que se vê em pesquisa entre os millennials, o importante cada vez mais é o benefício e a experiência das “ coisas, em detrimento do cumulativo e permanente como capital.
As organizações colaborativas e a economia do compartilhamento já determinam as mudanças e o sentido da nova era, alterando os modelos de produtividade, negócios, riqueza e ocupação dos espaços. Já está em curso.
E assim apontamos para o futuro numa direção já bem clara. Ao que parece nada permanecerá se não for neste sentido. Quem não percebe ou não se interessa pelo que está acontecendo, já pode escolher seu epitáfio e dizer não a humanidade melhorada que chega com vigor.
Quem vai participar como agente positivo do novo tempo terá imensos desafios, como por exemplo, encontrar a fórmula que combine a segurança com a confiança.
Já não se trata mais de pensar fora da caixa. A inspiração que cabe melhor é a do poeta Manoel de Barros, vamos “ voar fora da asa “.